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With Ademir Fontana, Alexandre Romeiro de Araujo, Manuel Claudio Motta Macedo, Mariana de Aragao Pereira and Pedro Paulo Pires.
O projeto PRS II Cerrado se remete a parte da cooperação técnica internacional “Projeto Rural Sustentável - BR-X1028”, financiado pelo Fundo Internacional para o Clima (International Climate Fund - ICF) do Ministério da Agricultura, da Alimentação, da Pesca e dos Assuntos Rurais do Governo Britânico (DEFRA), tendo como beneficiário o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo e como gestor financeiro o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) por meio do Contrato BID-IABS C0049-17. A iniciativa de cooperação técnica entre MAPA, BID e DEFRA foi renovada, no ano de 2019, com a assinatura de novo projeto de cooperação técnica internacional denominado “Projeto Agricultura de Baixo Carbono e Desmatamento Evitado para Reduzir a Pobreza no Brasil Fase II - BRT1409”. As atividades focam na implementação de sistemas integrados de Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e na Recuperação de Pastagens Degradadas (RPD), visando contribuir com o desenvolvimento rural sustentável no Cerrado, aumentando a eficiência do uso da terra, a produtividade e o incremento na geração de renda entre os(as) produtores(as), mitigando as emissões de GEE e reduzindo a pressão em desmatar a floresta nativa para a produção agrícola. O projeto atuará nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, em municípios que possuem um percentual significativo de pastagens degradadas, elevadas taxas de desmatamento e aptidão para introdução de sistemas integrados de produção. Serão contempladas diversas linhas de pesquisa que envolvem os Arranjos e manejo de sistemas integrados em tecnologias de emissão de baixo carbono; Emissões de CO2e evitado pela recuperação de terras degradadas e pelo desmatamento evitado; Índices econômicos e avaliação da sustentabilidade; Estimativa do desmatamento evitado e serviços ecossistêmicos e Impactos e soluções de IoT.Objetivo Geral:Propor recomendações técnicas para expansão e monitoramento de sistemas produtivos integrados e qualificadores dos componentes da agropecuária que preconiza as tecnologias de agricultura de baixo carbono no bioma Cerrado.Objetivos Específicos1) Propor arranjos produtivos, orientações, coeficientes e valores de referência para a produção agropecuária em sistemas integrados nas diferentes fisionomias do bioma Cerrado;2) Propor metodologias para a avaliação dos componentes vegetal, animal, qualidade do solo e do monitoramento do teor C em sistemas integrados;3) Estimar a quantidade emitida de CO2e pela adoção de tecnologias de baixo carbono e desmatamento evitado e, área de sistemas integrados no bioma Cerrado;4) Modelar efeitos de choques tecnológicos e de política sobre respostas endógenas na agricultura brasileira e global e de estratégias de intensificação sustentável de sistemas pastoris na ILPF;5) Obter índices econômicos e sustentabilidade de sistemas integrados no bioma Cerrado;6) Estimar o desmatamento evitado e serviços ecossistêmicos pela implantação tecnologias preconizadas pelo Plano ABC no bioma Cerrado;7) Avaliar o desempenho técnico-econômico de soluções IoT em sistemas integrados.
With Alessandra Corallo Nicacio, Camilo Carromeu, Mariana de Aragao Pereira, Pedro Paulo Pires, Sergio Raposo de Medeiros and Thais Basso Amaral.
A Agricultura de Precisão (AP) é um processo gerencial que leva em conta a variabilidade espacial da lavoura. A percepção das diferenças e o manejo correto proporcionam a otimização no uso de insumos (fertilizantes, corretivos, agroquímicos, água, energia e sementes), com ganhos na produtividade e na qualidade da produção, bem como benefícios ambientais. A AP é uma forte aliada para o desenvolvimento de sistemas de produção agropecuários sustentáveis e um exemplo de sucesso da aplicação da automação para tornar a produtividade mais eficiente no meio rural. A rede AP – coordenada pela Embrapa - tem obtido resultados expressivos em termos de conhecimentos sobre a variabilidade da produção e de parâmetros edafoambientais, das plantas, pragas e doenças de diversas culturas como soja, milho, algodão, trigo, eucalipto, cana-de-açúcar, laranja, uva, maçã e pêssego. As duas fases anteriores desta rede cumpriram importante papel para a consolidação do conceito sobre AP e de avanço do conhecimento, ao gerar metodologias e informações que servirão como elementos para o desenvolvimento, adaptação e teste de máquinas, implementos e equipamentos. Contribuiram ainda para quebrar barreiras e ampliar o potencial de impacto da AP para além dos grãos e das grandes propriedades, bem como utilizar – de forma efetiva – os conhecimentos agronômicos e ambientais, até então mais restritos às tecnologias de máquinas e de eletrônica embarcada. A transferência não só das tecnologias mas, principalmente, do conhecimento gerado ocorreu de diferentes formas, com destaque para a publicação de 2 livros com trabalhos técnico-científicos que, em 2016, ultrapassaram a marca de 8 mil acessos gratuitos no Brasil e em mais de 35 países. O treinamento de multiplicadores também foi outro aspecto relevante, por exemplo, com uma série de palestras nas diversas regiões do Brasil, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), levando os principais conceitos da Agricultura de Precisão. A rede possibilitou a integração de esforços de pesquisa no tema, com a participação de mais de 150 pesquisadores, 21 Unidades da Embrapa, mais de 50 parceiros externos de instituições públicas e da iniciativa privada, como também a criação do Laboratório de Referência Nacional em AP (Lanapre), em São Carlos (SP). A atuação envolveu ainda o treinamento de equipes, o compartilhamento de equipamentos multiusuários e o estabelecimento de 15 Unidades Piloto (UP) nas cinco regiões para as principais culturas de interesse em AP, contribuindo para a geração de novas oportunidades de parcerias e potencialização do impacto dos trabalhos. Mas novos desafios estão à frente, especialmente, em transformar os conhecimentos gerados em tecnologias simples que possam ser apropriadas pelo sistema produtivo, de modo que técnicas de AP sejam adotadas por grandes e pequenos produtores e, dessa forma, gerem impactos importantes nos sistemas produtivos. Soma-se a isso as novas oportunidades de pesquisa em AP que despontam fortemente com as novas tecnologias em automação com o uso de drones, sensores, robôs, redes sem fio, processamento de imagens digitais, telemetria, internet das coisas (IoT), Big Data, entre outras. Para isso, esta terceira fase da rede AP está estruturada em cinco projetos técnicos, três com escopo em tecnologias habilitadoras, um centrado em tecnologias com potencial de ruptura e outro nas chamadas “portadoras de futuro”, além de dois projetos de gestão. Os projetos de tecnologias habilitadoras têm o objetivo de fornecer soluções tecnológicas que viabilizem a implementação rápida e eficaz da AP em três diferentes sistemas de produção: 1) sistemas de larga escala, que contam com arsenal de equipamentos, como as culturas de algodão, cana-de-açúcar, milho, soja e trigo, onde a AP se difundiu; 2) sistemas demandantes de mão de obra, como a cafeicultura e a fruticultura de maçã e uva, para viabilizar a AP em busca de maior eficiência; 3) sistemas produtivos ainda pouco explorados pela AP, tais como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e pecuária de precisão, ou seja, em sistemas de grande potencial de impacto econômico e ambiental. Os projetos que exploram temas com potencial de ruptura e portadores de futuro atuarão de forma transversal com as tecnologias habilitadoras, tendo como elemento em comum as UP. Já os projetos que organizam o funcionamento da rede estão ligados à gestão e inovação, responsáveis pela articulação em temas que envolvem a rede e realizam a gestão da sistematização dos resultados gerados. A expectativa é que esses resultados possam ajudar na gestão das variabilidades das propriedades e, com isso, impactar na ampliação do uso da AP, levando o sistema produtivo agropecuário brasileiro a um novo patamar de sustentabilidade.
With Davi Jose Bungenstab, Pedro Paulo Pires and Rodrigo Amorim Barbosa.
Para os consumidores, segurança é um dos ingredientes primordiais do alimento de qualidade. Com a globalização, a repercussão de um malefício causado por ingestão de algum alimento consumido em qualquer parte do mundo é uma notícia que se alastra em poucos instantes, independente da distância do local de ocorrência. Nesse contexto, a exigência da rastreabilidade das informações referentes aos alimentos é uma condição de destaque quando o objetivo é a conquista da confiança e da fidelidade do consumidor. A sustentabilidade da bovinocultura deve contar com a incorporação de tecnologias e ferramentas inovadoras, de fácil compreensão, economicamente viáveis e espacialmente explícitas para o registro de dados sobre práticas de produção, incluindo dados sobre a condição e mobilidade animal, assim como origem e qualidade do produto. O projeto GeoRastro surge a partir das necessidades e demandas por segurança e qualidade dos alimentos na produção extensiva de carne bovina. A identificação animal é um pré-requisito inevitável no rastreamento do rebanho. Neste aspecto, a identificação eletrônica torna-se uma poderosa ferramenta ao interligar os elos da cadeia produtiva. O projeto atua no aperfeiçoamento de dispositivos eletrônicos utilizados na identificação e posicionamento do animal, incorporando informações sobre manejo e sanidade. Com a aplicação das ferramentas de tecnologia da informação e de sistemas de informação geográfica (SIG), é possível realizar o cruzamento de dados relacionados aos animais e às atividades pecuárias com informações relacionadas ao espaço geográfico. O projeto também trabalha no desenvolvimento de um armazém de dados que possibilitará a inclusão de informações ambientais e a implementação de algoritmos inteligentes de extração de conhecimento, criando um sistema de geodecisão da produção sustentável de carne bovina. Mais informações, acesse: http://www.cnpm.embrapa.br/projetos/georastro
Last update in 04/27/2022 09:24:23 AM.